Em princípio, qualquer ato e tomada de decisão devem ser respeitados, pois as decisões geram sofrimentos pessoais e desencadeiam, naquele que a pratica, a corresponsabilidade perante todos que cativou. Decisões provocam mudanças e escolhas e, até que se prove o contrário, o ser humano é um ser singular, universal e histórico.

Além disso, não podemos esquecer que a trajetória de uma pessoa é construída a partir de seus atos e atitudes.

Neste caso, o ato é o de renunciar e, para melhor compreensão, é preciso contextualizá-lo historicamente.

O ato de amor ou a atitude impensada não pode ser interpretado como algo estritamente pessoal, pois é necessário respeitar esse ser histórico que, compelido por suas convicções pessoais, culturais, espirituais e políticas, tem certos componentes que integram o seu modo de estar no mundo, conferindo-lhe o direito à liberdade e autonomia no exercício do livre arbítrio.

Jean-Paul Sartre foi mal interpretado em uma de suas colocações quando disse: “Deus não existe”, sendo alvo de crítica por vários setores da sociedade.

Quando se faz uma leitura sobre essa citação, podemos inferir que o autor nos convida a compreender que o homem, ao praticar um ato individual, torna-se responsável não somente por esse ato, mas, também, assume a corresponsabilidade de sua postura diante de toda a humanidade, ou seja, o homem é um ser livre para construir sua existência, uma vez que atos, atitudes e posturas são pilares formadores de sua essência ao longo de sua caminhada histórica.

Portanto, renunciar pode ser um ato de amor ou uma atitude impensada, mas é ainda a postura que faz o homem sentir-se livre diante do seu Criador e de suas amarras pessoais, políticas, culturais e espirituais.

E você, o que acha sobre o ato de renunciar ou não? Dê a sua opinião.