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Vivemos em um país que passa por um processo de transição democrático, no qual o governo atual tenta viabilizar transparências nas contas públicas, na saúde, nos processos educacionais e segurança pública, o que parece difícil de ser construído. Tudo indica que essas questões estão assentadas em campo não muito fértil, se assemelhando mais a um lago de areia movediça.

Em outras palavras, é difícil compreender como construir uma transparência para a nação com tantos colaboradores comprometidos. Não tem como não nos fazer a seguinte pergunta: é possível existir a governabilidade sem um compromisso referendado pelo povo?

Agora vamos transferir essa reflexão sobre a governança de um país à vida em família ou no casamento, guardando as devidas proporções face à complexidade que envolve a direção de uma nação.

Nas relações, assim como na gestão de um país, a ausência de transparência gera o caos. Os valores éticos e morais e os propósitos de dignidade humana se pulverizam. 

De um modo geral, na vida em família ou no casamento, quando montamos parcerias com pessoas não comprometidas ou comprometidas com o próprio interesse, elas trazem para o cerne das relações, mentiras, segredos, falcatruas, a infidelidade conjugal, a deslealdade, que tornam impossíveis a construção e manutenção de uma qualidade de vida digna e saudável.

Em outras palavras, o contexto relacional no qual estamos inseridos, seja para governar ou conviver, deve respeitar o dom maior, que é uma vida digna para todos aqueles sob nossa responsabilidade ou que cativamos com nossas atitudes, comportamentos e ações.

Um tempo nebuloso, com tempestade à vista, as incertezas, as imprevisibilidades e as inocorrências frente aos propósitos anunciados, sejam no governo ou nas famílias e nos casais, são indicadores de que os sofrimentos entre os seres humanos tendem a se potencializar.

O desrespeito, a desonestidade e falta de solidariedade, quando permeiam as relações, não importando as esferas em que elas circulam, passam a ser contagiosos e indiferentes às dores alheias.

A falta de critérios, planejamento e projeto nos processos governamentais, relacionais e interpessoais geram inseguranças, vulnerabilidades e fragilidades que podem levar muitos anos para serem minimizadas ou curadas. Isso acontece quando os líderes governamentais ou parceiros de convivência familiar e conjugal se predispõem a criar cenários obscuros que entorpecem o povo (no caso da gestão da nação) ou os parceiros e famílias (nas relações pessoais).

E o que tudo isso pode gerar, seja em uma população inteira, seja no ambiente familiar e conjugal?

Falaremos dessas consequências na segunda parte deste artigo na semana que vem.

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