Nos momentos atuais as aparências estão em alta no “mercado da simpatia”. O velho ditado “não basta ser é preciso aparecer” agora virou “é preciso aparecer, mesmo que chegue a adoecer”.
Viver de aparência é fazer uma poupança com moeda falsa. No futuro, provavelmente, o preço a ser pago são os prejuízos à saúde física e mental. As pessoas que optam por esse modelo de vida, em sua maioria se sentem como “a última bolacha do pacote”.
É comum ouvir de gurus de autoajuda ou ler em revistas e jornais que a primeira impressão é a que fica e que as pessoas devem se cuidar para passar uma boa imagem. Esse conceito foi levado tão a sério que vivemos como se estivéssemos em um eterno reality show para saber quem é o mais bacana, mais isso e mais aquilo.
Em geral, os vendedores de aparências vivem sufocados pelas constantes trocas de papéis, interpretados a cada minuto, horas, dias e anos. São meros impostores deles mesmos. Se sentem seres pasteurizados, ou seja, falam aquilo que as pessoas querem escutar e não sobre seus sentimentos e pensamentos.
Vivem para agradar, são pouco assertivos e muito superficiais. Do tipo “sabe tudo” sobre qualquer assunto: política, futebol, prescrição de medicamento, simpatia e o que precisar.
A síndrome de “viver de aparência ou autoengano” é difícil de curar, já que tem o respaldado de nossa sociedade atual, que reforça esse conceito como saudável.
Pessoas que vivem nesse “modus operandi” são consideradas detentoras de autoestima elevada, o que pode ser bom para quem convive com elas, mas é péssimo para os autoenganadores.
Na semana que vem, não deixe de ler a segunda parte deste post com as respostas a seguinte pergunta: Quais são as consequências dessa postura antinatural?
Uma grande abraço a todos!
Sebastião Souza