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Como vimos na primeira parte deste artigo, a corrupção que assola nosso país tem certa semelhança com o que ocorreu na Itália na década de 90. A origem desse comportamento desonesto tem berço em muitas nas famílias, onde as pessoas nascem, crescem e aprendem valores e comportamentos que reproduzem dentro e fora dela.

Voltando à política, no Brasil, o povo deposita esperança em um grupo de novos juízes e procuradores como sendo sua salvação. Porém, o que está se delineando, após dois anos da deflagração da operação lava jato, é a não prisão de políticos corruptos. Ou seja, “lavamos, mas não limpamos”. Uma coisa é lavar a corrupção, outra é lavar a alma e mudar uma cultura, reconstruindo os hábitos das “famílias Gerson”, ou seja, começar do zero a educação de valores morais e éticos de cada um de nós.

Para que isso aconteça, não dependemos dos políticos, procuradores ou juízes, mas, sim, de cada pai, mãe, filhos, amigos sobrinhos, tios, avôs, de mim e de você.

Lembre-se: pessoas corruptas são semelhantes aos carrapatos que, quando não encontram sangue para se alimentar, mudam de hospedeiro. Pessoas corruptas mudam de estratégias, mas não largam suas fontes de alimentações.

A ignorância e a cegueira dos povos acabam por procurar lideres messiânicos.   

Portanto, mude sua forma de pensar, não espere, faça acontecer, caso contrário, terá uma surpresa: o motoboy que trará a sua pizza sabor “lavou, mas não limpou” não vai demorar a chegar.

O prognóstico e os resultados da operação lava jato serão do tipo pizza se nada for feito nas famílias, nos casamentos, nas escolas, da educação infantil ao ensino superior. Nas empresas públicas e privadas, nas rodas com amigos para refletir e incorporar que corrupção é como erva daninha, que utiliza os elementos terra, sol e água para se proliferar.

A corrupção nasce nos corações de pessoas invejosas, gananciosas, sedentas de poder, dotadas de mau-caráter e, como as ervas daninhas, não precisam de terrenos férteis para sobreviver. Os corruptos só precisam de pessoas sem esperanças e desejosas de serem lideradas por um expert em magia, para transformar duras realidades enfrentadas em um divã no paraíso.

Nossa sociedade só será diferente o dia em que as crianças, já nos primeiros anos de vida, se derem conta de que a professora atrasou a saída deles para o recreio e começarem uns a chorar e outros a bater com os pezinhos no chão, sinalizando que é a hora do lanche, um direito que eles têm e que deve ser respeitado.

E, você o qual a sua atitude hoje, para iniciar o combate à corrupção? Ou está esperando uma nova pizza com sabor diferente.   

Até a próxima semana… fiquem em paz!

As operações mãos limpas, lava jato e nossas famílias: semelhanças que podem fazer a diferença – parte 2
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