Este artigo não tem como objetivo banalizar os sofrimentos físicos e psíquicos derivados da microcefalia, condição neurológica que promove alterações cerebrais em crianças na vida intrauterina impedindo o desenvolvimento e o crescimento de seus cérebros dentro dos parâmetros definidos pelos órgãos de saúde competentes.
Ao contrário, aqui fica registrado nosso profundo respeito e compaixão pelos sofrimentos experienciados pelos familiares, cuidadores e as próprias vítimas desse complexo problema.
Neste texto, vamos tratar de um tipo de microcefalia diferente, a “microcefalia emocional”, que por hora não está inserida no CID (Código Internacional das Doenças).
Ela está relacionada a doenças da alma (psique), como a falta de amor entre as pessoas, o empobrecimento das relações afetivas, o não acolhimento aos mais necessitados, a expressiva ausência de solidariedade nas relações interpessoais e o egoísmo, que regem as formas de muitos relacionamentos atuais.
De modo geral as pessoas acometidas pela microcefalia emocional têm sintomas como preguiça de pensar. Quando trabalham usam a lei do menor esforço e esperam sempre receber mais em vez de doar.
Essas pessoas, em geral, têm pele de cordeiro, mas são lobos, aguardam a sorte grande ou milagres e alguns, mais exagerados, preferem se valer da velha lei do Gerson, sempre levando vantagens, no lugar de arregaçar as mangas e fazer a sua parte para que este mundo seja um lugar melhor para se viver.
Os microcefálicos emocionais fazem parte de uma geração denominada “mais, mais”, semelhante à geração “nem, nem” (nem estuda, nem trabalha).
Quer conhecê-la mais a fundo? Então, continue nos acompanhando. Na próxima semana publicaremos a segunda parte deste artigo. Não perca!
Sebastião Souza