Dois amigos, Silva e Smith, conversavam em um bar. Entre um drink e outro, lembraram que no dia seguinte seria o Dia Internacional da Mulher. Como acontece normalmente, depois do segundo drink os assuntos emergem e, nesse caso, a prosa foi sobre mulheres.
— Ao que tudo indica, parece que as mulheres estão sobrecarregadas de tantos papeis e funções atualmente — comentou Silva.
— Mas não era isso que elas queiram? — retrucou Smith.
— Não sei… Acho que elas queriam oportunidades de demonstrar as suas qualidades e seus talentos — ponderou Silva.
— Só que essa tendência virou um perigo, porque elas querem governar o mundo — disse Smith, rebatendo o amigo.
— E daí? Qual o problema? Vai me dizer que você está com medo. Não é você quem diz que é macho até embaixo d’agua? — provocou Silva, com um risinho gozador.
— Não se trata de medo — defendeu-se Smith. — É que elas vieram para participar, mas estão mesmo é mandando no mundo. Cresceram emocionalmente, socialmente e profissionalmente. Para onde você olha está cheio delas.
— Amigo, me diga: o que há de errado nisso? Elas exercem os papeis de mãe, filha, namorada, esposa, chefe, executiva… Não vejo nenhum problema — ressaltou Silva.
— É, acho que você tem razão. Só de ouvir você enumerando os diversos papeis que elas exercem fiquei cansado… — confessou Smith.
— Que bom, amigo — respondeu Silvia ao perceber a sinceridade do amigo, que já emendou esta:
— Bom é pra você, que não é casado. Depois de tudo isso, quando chegam em casa, elas ainda querem discutir a relação. Na boa: as baterias que elas usam não acabam nunca!
— Sabe o que eu acho, Smith? Acho que você está apavorado com as mudanças que estão acontecendo com as mulheres.
— Não, Silva. Não é isso. Na verdade, estou perdido e assustado. Essa maturidade delas está acontecendo muito rapidamente para o meu gosto.
— Quer saber, Smith? Acho que você está com inveja. A harmonia com que exercem todas aquelas funções acaba mesmo criando na gente uma ponta de inveja e uma vontade de competir com elas.
— Pode ser, amigo. Eu aprendo tanto com as várias mulheres da minha vida: minha mãe, filha, esposa, irmãs, tias e amigas. Tenho de confessar que, por meio delas, me tornei um ser humano melhor.
— Opa! Então vamos brindar, Smith! Afinal, sem elas nós não seriamos o que hoje somos.
— Tudo bem, mas só mais um brinde. Se não, fico bêbado, chego em casa e levo bronca, com razão. A verdade, Silva, é que sem elas o mundo não teria qualquer graça.
Virando-se para todos que estavam ali no bar, Silva e Smith levantam os copos para prestar sua homenagem: “Parabéns às mulheres deste planeta, mães, esposas, filhas, namoradas, irmãs, tias enfim, todas as pessoas do gênero feminino, que ajudam iluminar nossas vidas”.