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Na primeira parte deste artigo, destacamos a virtuosidade como sendo um dos objetivos dos jogos olímpicos, criados na Grécia Antiga. Também fizemos uma comparação com a realidade de hoje, nas Olimpíadas no Rio de Janeiro, e com as competições que muitas vezes estabelecemos entre pares – família, casamento, amizades, trabalho.

Nas famílias e nos casamentos essas competições não são nada virtuosas, uma vez que entre os membros de família e, a maioria das pessoas, compram-se “pacotes culturais” para facilitar a vida dos filhos, pretendendo-se criar vencedores, sem importarem-se se estão atropelando desejos e sonhos daqueles que estão na arena da vida.

Os “pacotes culturais” com garantia de sucesso, na maioria das vezes, são formas modernas de entorpecimento.  

Em geral, nas olimpíadas esportivas, alguns atletas são escolhidos para fazer exame antidoping e verificar se usaram substâncias que alteram sua performance. Já pensou se nas olimpíadas familiares e conjugais usassem um exame desse tipo para aferir nossos resultados com base em estratégias utilizadas, ou seja, se estamos jogando limpo ou não?

Talvez, dessa forma fossem reveladas as nossas emoções reais e nós mesmos ficaríamos surpresos com os resultados já que, algumas vezes, sem ter consciência, somos invejosos, competitivos, focamos mais nos erros do outro, só para termos um pequeno poder momentâneo, usamos regras que não estão previstas em nenhum formato de competição, criando-as a partir das nossas questões emocionais não resolvidas.

Competir é preciso, viver com qualidade também, mas a que preço?   

Quem sabe daqui a quatro anos estaremos mais “em forma” para competir não só com os nossos adversários, mas também com nossos “diabinhos internos”, que nos trazem a inveja, desprezo pelo próximo e, principalmente, o espírito do Gerson, que só querer ganhar e levar vantagem?

Depois dessa nossa conversa, estou pensando em criar uma arena para competir e alcançar os meus melhores resultados emocionais. Esta história de olímpiadas familiares e conjugais me deixou muito cansado e percebi que tenho que treinar mais.

E você, é um atleta virtuoso quando se trata de competir em família e no seu casamento?  Ou precisa treinar também? 

É possível ser uma pessoa virtuosa nas olimpíadas esportivas, familiares e conjugais? – parte 2
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