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Girafas não são prateadas, mas, sim, manchadas de amarelo e marrom, cores que as camuflam e favorecem sua sobrevivência junto aos predadores, nas savanas africanas.

No entanto, o que pode servir aos animais nem sempre tem efeito positivo nas nossas vidas. Camuflar-se, ficar invisível nas relações interpessoais, em qualquer nível, não favorece a sobrevivência. Ao contrário, contribui ao adoecimento físico, mental e emocional.

Aquele que não se faz presente não é ouvido, não é visto e, portanto, não tem voz ativa nas escolhas e decisões. Resultado: o aparecimento de uma doença pode ser a porta para a visibilidade até então negada. Um bom exemplo são as pessoas que evitam conflitos e preferem o silêncio. Essa postura acaba por afastá-las de suas potencialidades, o que as fragiliza.

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Costumo dizer que muitos indivíduos não sabem “quanto de areia seu caminhãozinho pode carregar”, ou seja, qual o seu potencial de ação, capacidades e competências pessoal e profissional.

A invisibilidade dos organismos vivos, que compõem a vida animal e vegetal, faz parte de um equilíbrio biológico que, geralmente, é perturbado pelo maior predador terrestre, o homem.

Ao aplicarmos o princípio da invisibilidade no nosso dia a dia, estamos negando os pressupostos básicos da evolução humana, que é saber lidar com circunstâncias momentâneas e diárias, levando nosso organismo a reagir diante do processo de interação, o que favorece a criação de novos recursos para a melhoria da qualidade de vida pessoal e profissional.

Uma invisibilidade inconsciente

Quando evitamos nos tornar visíveis frente aos percalços e as dificuldades da vida, nem sempre temos conhecimento do que estamos fazendo. Geralmente esse mecanismo de sobrevivência soa-nos como atalho, mas, na verdade, pode desvirtuar nossas vidas pessoais e profissionais.

Para se tornar um pouco visível a cada dia, nada como expor-se um pouco e ir assuntando reações e sensações, para aprender até onde se deve ir. Considerar as experiências alheias como referências e as próprias vivências é uma maneira de trabalhar a visibilidade. De certa forma, é o que estou fazendo ao escrever este texto e compartilhando o tema contigo.

E você, como se torna visível nos seus relacionamentos? Solte o “freio de mão”, exponha-se, afinal, muitas vezes, quanto mais uma pessoa se esconde, mais ela se faz percebida, o que é bastante paradoxal, mas muito real.

Na vida, invisibilidade e visibilidade são duas faces da mesma moeda. Uma acaba por ressaltar a outra. Viva e deixe viver, porque seu brilho e sua visibilidade podem ser um bom remédio para não adoecer.

Uma abraço a todos.

Sebastião Souza

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Invisibilidade nos relacionamentos gera adoecimento físico, mental e emocional
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