
As nossas vidas são teias de experiências relacionais possíveis permeadas por escolhas pessoais, conjugais, profissionais e, também, por nossas amizades.
De modo geral, parece que não podemos deixar de fazer escolhas. A não escolha já é uma escolha. Nossas escolhas pessoais, profissionais e sociais estão diretamente relacionadas ao nosso grau de amadurecimento emocional e às nossas competências racionais.
No momento de escolher é preciso manter o equilíbrio entre emoção e razão, o que denominamos de “eu reativo”. Bowen (1976) relata que, diante de uma tomada de decisão, quando nos vemos frente aos problemas inerentes à condição humana, é preciso evitar que a emoção atrapalhe a razão e vice-versa.
Em outras palavras, é possível que as escolhas que uma pessoa faça ao longo de sua existência estejam fundamentadas a partir das suas histórias e experiências apreendidas ao longo das várias fases do seu ciclo vital.
Na prática do dia a dia, o que conseguimos observar nas atitudes e nos comportamentos das pessoas dizem muito sobre as escolhas elas que fazem. Por exemplo, quem sofreu uma decepção amorosa pode superar essa rejeição e seguir em frente ou bancar a vítima por um bom tempo.
Outro exemplo: alguém que perdeu a pessoa amada pode se fechar e se isolar afetivamente, criando uma armadura blindada na sua vida afetiva.
Não temos muitas saídas. Viver é escolher, escolher é viver. Nossas escolhas carregam consigo as marcas dos vários episódios que vivemos consciente ou inconscientemente.
Não encarar essa realidade é se tornar um ser inautêntico.
Segundo Sartre “ser é escolher-se”.
Quando usamos de má-fé para atribuir as consequências das nossas escolhas a outrem estamos nos tornando seres irresponsáveis pelo projeto de vida que nós mesmos criamos.
Na letra da música do Chico Buarque, Sob Medida, existe uma parte que diz:

Esta estrofe reproduz o conceito de que nós somos do tamanho de nossas escolhas. Se hoje temos esse parceiro ou parceira ao nosso lado, é porque foi o melhor que pudemos escolher. Então, nos ajeitemos com ele ou ela.
Cresçamos, evoluamos juntos, porque o futuro sempre pertencerá ao Criador do universo. Escolha com amor e carinho essas pessoas que vão conviver com você. É o melhor, é o possível para este momento. Chore, se angustie, mas escolha. Não escolher é semelhante a não viver.
Boas escolhas para você!