No final deste texto você deve responder a uma única pergunta: Você é do time dos que falam ou dos que fazem?
Costumo dizer que conheço vários tipos de pessoas e, de um modo geral, no meu convívio, é comum encontrar “aqueles que falam e aqueles que fazem”. Não se trata de preconceito ou discriminação, faz parte da minha profissão compreender as pessoas que avaliam e mensuram na prática a efetivação dos seus projetos de vida.
Mudar é viver.
Viver é praticar novas interações, sempre que a vida exigir.
Como eu entro no time dos que fazem?
Adaptar-se é pouco. Precisamos ir a luta, interagir e praticar para realizar mudanças. Não basta estar consciente que precisa mudar, é preciso internalizar e praticar, provendo mudanças reais no seu “modus operandi” de vida, frente aos conflitos que a vida nos impõe.
Tentar mudar, sem praticar, é fazer sempre mais do mesmo.
As percepções, os mecanismos de sobrevivências, experiências e aprendizagens que a pessoa assimilou e desenvolveu, são formadores do seu mecanismo cerebral.
A neurociência nos ensina que a pessoa que nunca viu um “tucano”, não pode reconhecê-lo.
Como enxergamos os objetos?
Depois que a luz da imagem passa pelas nossas pupilas e pelo cristalino, foca-se na parte de trás do olho, numa região chamada de retina. As imagens, na retina, viram de cabeça para baixo.
Depois a luz viaja, através de nervos óticos, da retina até o cérebro. Quando o cérebro processa a informação a imagem é virada novamente ficando na sua posição normal. Então, é no cérebro, que as imagens podem ou não serem reconhecidas.
Portanto, se alguém diz que quer mudar um comportamento eu logo pergunto: O que você está fazendo, na prática, para realizar essa mudança? Vou dar dois exemplos.
Primeiro exemplo
Uma pessoa está casada e reclama dessa união, não se sente feliz, sofre muito por isso, mas não sabe o que fazer. Pergunto a ela: Por que você não procurou logo ajuda?
Ela diz então que tem medo de ficar sozinha. Isso é conhecido como uma autossabotagem. Agindo assim, essa pessoa tem um ganho indireto, ou seja, não precisa entrar em contato com o medo da separação.
Segundo exemplo
A pessoa diz que não está bem no seu trabalho, no qual permanece há mais de 15 anos. Pergunto: O que você tem feito, para mudar essa situação? E então, muitas vezes, a pessoa não tem resposta.
Isso é fazer mais do mesmo.
Como diz a música de Geraldo Vandré: “…esperar não é saber. Quem sabe faz a hora não espera acontecer”.
Você é do time dos que falam ou dos que fazem? Na prática, o que vale mesmo é quer mudar, nada de esperar, vá em frente e faça acontecer. Procure criar as oportunidades, potencialize seus recursos, saia da zona de conforto e encare o alto preço da mudança. Você consegue!
Por isso mudar, sem sair lugar, pode ser um ato de má-fé. O que não deixa de ser um modo de vida. O chamado “viver no desprazer”.
Será que você é assim?
Prometo discutir esse tema num próximo post. Aguarde!
Se você quiser saber mais leia nosso post:
Você é um comunicador ou um enxugador de gelo
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Sebastião Souza
Psicoterapeuta de casais e famílias